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Monstro, eu?

Monstro, eu?

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Não consigo acreditar que em pleno século XXI temos que conviver ou viver com situações desagradáveis como a falta de amor e respeito ao próximo.

          As pessoas não são obrigadas a viver com ninguém, falar com quem não tem afinidade, ou simplesmente por que ela é considerada diferente. Até aí tudo bem, ser diferente não quer dizer que sou monstro ou aberração, sou?

          Claro que não, como dizem, sou gente, tenho sentimentos, medos, sento frio e calor, dou risadas, choro e tenho emoções. Ah! Me alimento todos os dias e também bebo muitos líquidos, viu?! Sou gente viu?

          Infelizmente a indiferença existe e machuca muito, ser ignorado sangra, dói é uma cicatriz que não cura, está sempre doendo.

          O divertido da vida é saboreá-la em todos os sentidos, ser livre em todos os sentidos, não parcialmente. Hoje muitos da sociedade vivem com uma tal liberdade, que eu chamo de mentirosa. Sabe o por quê?

Porque, como uma pessoa pode ser considerada livre se realmente não faz o que tem vontade, ou simplesmente o que a deixa feliz, mas somente faz o que a minoria da sociedade quer, ou seja, para ser “descente” você tem que pertencer ao nosso “clã” e nada de andar ou falar com as “aberrações”.

Olha, ser ignorado, colocado de lado, ser esquecido ou simplesmente se excluindo brutalmente dói muito, mesmo você mostrando que é do bem, isso não é suficiente, isso não basta, você é descartado.

O que mais dói nesta vida é ser comparado com um monstro, uma aberração entre outras coisas.

Eu disse que a cicatriz cura, na verdade ela até cura, o que fica sangrando e doendo é alma, e não há remédio que possa curar, aliás, existe sim, no rótulo tem as seguintes palavras: amor, respeito, empatia e aceitação.

É humilhante implorar o carinho, aceitação e o respeito de alguém. Muitos até tem tudo isso e um pouco mais, mas somente nas redes sociais e olhe lá com muitas restrições, estes afetos jamais poderão ser reais, quero dizer, as pessoas não podem saber que você tem amizade com uma aberração, isto suja a sua imagem, a sua reputação.

Será que ser realmente homem é camuflar os seus interesses, mesmo que estes interesses sejam puramente de amizade?

Meus queridos, neste quesito sou muito mais homem que muitos homens, não tenho medo de demonstrar os meus afetos, seja qual for, só quero ser feliz sem prejudicar ninguém.

Ultimamente tenho me questionado, será que eu sou um monstro, será que eu realmente sou uma aberração? Confesso que choro todos os dias quando lembro, porque a dor é imensa.

Enfim, eu sou monstro?

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Basílio Santos é um talentoso artesão, radialista dedicado e empresário visionário. Apaixonado por vinho e café, Basílio encontra alegria nas pequenas coisas da vida e valoriza as amizades verdadeiras. Com um amor inabalável pela vida, ele se destaca por sua capacidade de conectar pessoas e compartilhar experiências únicas através de suas diversas paixões e empreendimentos.

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